Os Sete Principados do Reino das Trevas — Ao Saber Como Satanás Estruturou seu Reino, Você Compreenderá Por Que Nossa Sociedade Mudou de Forma Tão Radical e Compreenderá Melhor as Notícias do Dia-a-Dia!

Os Sete Principados do Reino das Trevas — Ao Saber Como Satanás Estruturou seu Reino, Você Compreenderá Por Que Nossa Sociedade Mudou de Forma Tão Radical e Compreenderá Melhor as Notícias do Dia-a-Dia!

Recursos úteis para sua maior compreensão  


Título do Livro 1




Título do Livro 2




Título do Livro 3




Título do Livro 4
Você sabia que Satanás estruturou o Reino das Trevas em sete grandes divisões, chamadas Principados, e que colocou um demônio muito poderoso no comando de cada uma delas? Esses demônios têm a responsabilidade de alastrar seu tipo particular de tentação e servidão por todo o mundo. Ao entender como essas divisões funcionam, você compreenderá melhor os problemas que o mundo está enfrentando hoje. Além disso, verá como estamos próximos do fim dos tempos!
A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?
Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia-a-dia!!
Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!
Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma.
Agora você está na
"THE CUTTING EDGE"
Antes de iniciarmos, precisamos compreender o ensino bíblico sobre o poder sobrenatural de Satanás, o poder onipotente de Deus, e a guerra espiritual que está ocorrendo diariamente nas regiões celestiais. Se você não compreender o ensino bíblico sobre esses pontos, não conseguirá reconhecer a verdade da situação que estamos confrontando, embora esteja bem diante dos seus olhos, por assim dizer.
O Poder Sobrenatural de Satanás: Não se engane sobre o fato que Satanás e seus demônios existem e que são extremamente poderosos. Eles são seres sobrenaturais (estão acima das forças terreais e naturais) e podem fazer o que quiserem, a não ser que Deus intervenha especificamente para impedir. Em outras palavras, muito do que Satanás quer fazer neste mundo hoje, ele pode fazer. É por isto que a feitiçaria, a meditação oriental, a medicinal alternativa, etc. funcionam, pois o poder satânico está fazendo que funcionem, e Deus não está interferindo para impedir. Portanto, a atitude atual das pessoas é que, se alguma crença ou prática religiosa "funciona", é por que ela deve ser válida e boa. Essa atitude está simplesmente preparando o mundo para a tremenda enganação no fim dos tempos, profetizada em detalhes na Bíblia.
Satanás tem poder sobrenatural, isto é, poder sobre e acima da Terra. Assim, seja lá o que ele queira fazer, pode fazer, desde que Deus não interfira para impedir. Vemos essa situação claramente no livro de Jó, uma história que delineamos para você em seguida. Mas, primeiro, precisamos compreender claramente nosso próximo ponto sobre Satanás: Ele é o senhor — o ditador deste mundo. Não se engane sobre isso. A Bíblia declara isso repetidas vezes. Relacionaremos várias dessas ocorrências em seguida:
1) Jó 1:6-7: "Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela." Quando Deus perguntou a Satanás de onde vinha, ele respondeu que vinha de rodear e passear pela Terra.
Esse é um quadro revelador, se você o examinar atentamente. O quadro é o de uma pessoa que caminha por um pequeno terreno, como um jardim. A compreensão aqui é que uma pessoa tem um controle total, pois aquilo que está sobre seu controle é pequeno e insignificante em comparação com seu poder e capacidade totais. Pensamos que a Terra seja muito grande, mas para o sobrenatural Satanás, a Terra não é nada mais e nada menos que um pequeno e insignificante jardim, sobre o qual ele exerce total controle — a não ser que um poder maior do que ele interfira. Em Jó, vemos que Deus exerce exatamente esse poder, dizendo a Satanás que pode provar Jó, mas com certas restrições, especificamente de não tirar a vida dele. No entanto, Deus permitiu que Satanás tirasse a vida dos familiares de Jó! Devemos aqui compreender o poder que Satanás detém. Ele tem o poder de matar pessoas, se Deus permitir que faça isso.
2) Efésios 2:2-7, o apóstolo Paulo chama Satanás de "príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência". A referência ao "ar" é a atmosfera em torno da Terra. É simplesmente outro modo de dizer "Terra". A figura de Paulo aqui é que Satanás é o ditador absoluto (o Príncipe) do mundo. O apóstolo João também fala de Satanás com esse título, em João 12:31, 14:30 e 16:11.
3) No capítulo 10 de Daniel, vemos que as forças de Deus e as forças satânicas estão batalhando pelo controle dos reinos da Terra. Portanto, sabemos que Satanás e suas hordas de demônios estão ativa e poderosamente trabalhando por meio de seus agentes humanos, especificamente os líderes políticos, para atingir seus objetivos. Sabemos que os demônios podem possuir fisicamente os seres humanos e que o próprio Satanás entrou em Judas Iscariotes, levando-o a trair Jesus Cristo. [Lucas 22:3] Vemos também que, no fim dos tempos, durante o reinado do Anticristo, Satanás e seus demônios possuirão os principais líderes políticos do mundo. [Apocalipse 16:13-16].
Portanto, sabemos teoricamente que os líderes humanos que lutam poderosamente para a implantação da Nova Ordem Mundial — fazendo isso por meio do poder da feitiçaria — podem também ser possessos. Nota: Advertimos a todas as pessoas que estejam se comunicando com um 'espírito-guia' em suas meditações, que isso é feitiçaria, e é possessão demoníaca, independente da bondade e benevolência que esse espírito possa demonstrar no presente!
4) Satanás aparentemente tanto controla a Terra que tem um trono aqui! Em Apocalipse 2:12-13, vemos o Senhor Jesus dizer algo muito interessante em Suas palavras de saudação à igreja de Pérgamo. A cidade era um centro comercial extremamente próspero na Ásia Menor e estava profundamente imersa na adoração pagã. Estas são as palavras de Jesus Cristo:
"E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita."
Aqui, Jesus diz que o trono de Satanás está na cidade de Pérgamo! E por que não? A cidade estava atolada na adoração idólatra. "... onde Satanás habita... onde está o trono de Satanás" são referências à adoração ou ao imperador romano ou a Zeus em seu altar na acrópole local (ou ambas as coisas). Assim, Satanás tinha seu trono estabelecido na cidade onde se sentia mais à vontade, isto é, onde os cidadãos estavam praticando mais as feitiçarias. Pérgamo certamente não é mais o local onde o trono de Satanás está situado atualmente; eu fico imaginando qual seria essa cidade hoje. Em qual cidade o satanismo em todas suas formas é mais praticado? Não sabemos a resposta, mas com certeza esse trono está situado em alguma cidade do mundo.
O fato é claro — Satanás domina esta Terra tão completamente como você dominaria o pequeno terreno de um jardim. Ademais, ele se senta em um trono em algum lugar na Terra!!
Agora, vejamos o próximo princípio preparatório, enunciado no nosso primeiro parágrafo: O poder onipotente de Deus. Deus tem um poder onipotente, simplesmente porque criou todas as coisas!! Ao contrário da crença do misticismo oriental, Deus não se dispersou na Sua criação. Ele continua sendo quem é desde a eternidade passada, um Espírito com características de pessoa. Deus permanece firmemente em controle. Satanás, por outro lado, é um ser criado, criado por Deus. Portanto, ele não pode jamais se tornar mais poderoso do que Deus. Deus pode e intervém na história simplesmente usando seu poder onipotente, mesmo que todo o poder sobrenatural de Satanás esteja armado contra ele. Satanás, por outro lado, não pode intervir diretamente nos assuntos do mundo, a não ser que Deus lhe dê permissão. Talvez, o melhor modo de dizer isso é que Satanás pode fazer qualquer coisa que quiser neste mundo, a não ser que Deus especificamente interfira para impedir. Esses dois princípios são simplesmente dois lados da mesma moeda.
Poucas pessoas hoje compreendem esse princípio básico, de modo que oferecemos as Escrituras em seguida, para ajudá-lo na compreensão:
1) O Poder Onipotente de Deus — a) O poder e a sabedoria de Deus são infinitos [Salmos 147, especialmente o verso 5]; b) "Porque para Deus não haverá impossíveis, em todas as suas promessas." [Lucas 1:37]; c) O poder de Deus está muito além da compreensão humana [Efésios 3:20]; d) O poder onipotente de Deus é mostrado pela criação do universo e a manutenção dele [Jeremias 32:17; Romanos 1:20; Hebreus 1:3, é muito revelador, pois diz que Jesus Cristo é quem sustenta este universo. Mas, não devemos nos surpreender, pois João 1:1-14 revela que Jesus Cristo é a pessoa da Trindade que criou este universo!]; e) Deus demonstrou também seu poder onipotente na história mundial. * Ele libertou o pequeno e fraco Israel do poder de superpotência do Egito [Êxodo 15:1-19] e deu a Israel vitória sobre forças superiores quando entrou na Terra Prometida, Canaã [Deuteronômio 3:21-24]. * Deus interveio na história mundial, quando Maria concebeu por meio do poder do Espírito Santo, assim encarnando o Messias prometido, Jesus Cristo [Lucas 1:35]. Vemos a oposição satânica a essa encarnação e ao nascimento do Messias em Apocalipse 12:1-5, pois Deus arrebatou o Messias até seu trono nos Céus, pois Satanás estava tentando destruí-lo. Logicamente, quando Deus levou Jesus Cristo de volta aos céus, para sentar-se ao seu lado direito, Jesus já tinha realizado todos os planos do Pai para a humanidade, isto é, preparado a salvação dos pecados e estabelecido sua igreja. * Deus também interveio poderosamente na história durante a crucificação e morte de Jesus na cruz. Não se engane neste ponto: Satanás quis matar Jesus Cristo durante seu ministério terreal, para impedi-lo de estabelecer um caminho de salvação para nós, mas não queria que ele morresse como um sacrifício, em cumprimento às profecias bíblicas no Antigo Testamento. Assim, vemos diversas ocasiões em que Satanás tentou fazer os judeus matarem Jesus, ou por apedrejamento ou lançando-o em um precipício, o que o mataria de uma forma que não o qualificaria como um 'sacrifício substitutivo' para o pecado. No entanto, o poder onipotente de Deus interveio e impediu que Satanás matasse Jesus Cristo. O próprio Jesus voluntariamente entregou Sua vida, ordenando que seu espírito deixasse seu corpo, no momento exato na história mundial, [Mateus 27:50], para que Deus o Pai, finalmente pudesse aceitar o sacrifício supremo, satisfazendo Sua natureza judicial que exige a punição para o pecado, de forma que a humanidade pudesse ser salva da condenação e da morte!! * Finalmente, Deus prometeu intervir novamente na história mundial, para trazer libertação final do pecado e para estabelecer Jesus Cristo no trono que é Seu por direito, inicialmente por um Milênio, e depois por toda a eternidade. Deus especificamente criou a profecia para ser seu selo de validade, para que a humanidade possa compreender que ele é Deus, o único Deus, o onipotente Deus. Quando o homem vê a profecia se cumprir, Deus quer que esse homem entenda o poder e a onisciência de Deus. Portanto, Deus disse: "Buscai no livro do SENHOR e lede: Nenhuma destas criaturas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a boca do SENHOR o ordenou." [Isaías 34:16] Deus está dizendo para buscarmos as profecias no seu livro, pois nenhuma delas deixará de ser cumprida. Jesus lamentou o fato de que os judeus terem negligenciado totalmente o tempo do aparecimento do Messias. [Lucas 19:41-44] Similarmente, Deus está agindo de tal forma nos eventos atuais que centenas de profecias bíblicas referentes ao fim dos tempos estão sendo cumpridas, ou o cenário está sendo armado para o cumprimento delas! Jesus nos disse que saberíamos que o fim estaria chegando quando todas suas profecias estiverem sendo cumpridas. [Mateus 24] Este é o propósito do ministério The Cutting Edge! Queremos mostrar como o Plano da Nova Ordem Mundial cumpre muitas profecias bíblicas, e mostrar como você pode ver o cumprimento dessas profecias nas notícias dos jornais! Esse objetivo é totalmente bíblico, pois Jesus disse que conheceríamos a estação, o tempo aproximado para a realização de todas as coisas, com base no cumprimento da profecia. [Mateus 24:32-34].
Quando o Anticristo aparecer, estabelecer seu reino global, quando todos os eventos descritos no Apocalipse acontecerem, e quando Jesus Cristo retornar, o poder Onipotente de Deus estará em grande exibição! Não se engane: O poder de Deus é absoluto. Satanás está reunindo suas forças e sendo bem sucedido, mas somente por que Deus está permitindo isso. Além disso, o Plano da Nova Ordem Mundial cumpre muitas profecias bíblicas, pois o poder onipotente de Deus está forçando Satanás a isso. Pense da seguinte maneira: Satanás adoraria formular um plano para conquistar o mundo de tal forma que nenhuma parte dele cumprisse as profecias de Deus. No entanto, muitas partes de seu Plano cumprem as profecias de Deus, a mais importante das quais é a reorganização das nações do mundo em dez supernações, das quais o NAFTA é a Nação número 1 (veja o artigo CE1043, A Nova Ordem Mundial Lutando Contra as Restrições — Parte 4 de 4).
A parte final do nosso estudo bíblico se refere à guerra espiritual que está ocorrendo nas regiões celestiais entre os anjos de Deus e os demônios de Satanás. O prêmio nessa guerra é o controle da história humana.
Guerra Espiritual nas Regiões Celestiais
1) Todo o capítulo 10 de Daniel — O tempo e o espaço não nos permitem examinar detalhadamente esse relato nas Escrituras, mas encorajamos que você leia o texto com atenção. Em resumo, Daniel orou pedindo que Deus lhe desse entendimento sobre os eventos referentes a Israel. No mesmo dia, Deus enviou um de Seus anjos celestiais para pessoalmente dar a resposta a Daniel. O anjo partiu imediatamente dos céus para ir à Terra, uma jornada que leva apenas um piscar de olhos. No entanto, ele não chegou à Terra, ou a Daniel, por três semanas inteiras. O anjo explicou a Daniel que tinha sido interceptado por um ser demoníaco, chamado por ele de "Príncipe do Reino da Pérsia". Em outras palavras, esse anjo celestial foi atacado por um demônio muito poderoso, o demônio responsável por influenciar o rei humano da Pérsia. Esse anjo não conseguiu derrotar o demônio poderoso sozinho, de modo que precisou pedir ajuda a Miguel, o anjo que Deus encarregou de proteger Israel. Assim, vemos que alguns seres demoníacos são mais fortes que alguns seres angélicos. Depois, ao partir, o anjo disse a Daniel que iria pelejar contra o "Príncipe da Grécia". Na profecia de Deus referente aos Quatro Reinos Gentílicos [Daniel 2:29-40], o Reino da Grécia é o Terceiro Reino. No tempo em que o evento do capítulo 10 de Daniel ocorreu, o Segundo Reino, a Média-Pérsia, estava controlando o mundo e o futuro rei da Grécia, nem havia nascido! Mesmo assim, a batalha celestial já estava em curso para moldar o destino da futura nação da Grécia. Embora vejamos aqui a forma da batalha entre os anjos de Deus e os demônios de Satanás pelo destino do mundo, e das nações na história mundial, não há dúvida que o poder e o propósito de Deus serão cumpridos. As hordas de demônios estão lutando em uma guerra perdida. No entanto, as profecias de Deus sobre o fim dos tempos deixam claro que, quando Deus começar a remover seu poder de restrição, Satanás e suas hordas experimentarão uma vitória temporária, incluindo um completo esmagamento dos cristãos, até que Jesus Cristo retorne para finalmente colocar um fim à iniqüidade e à rebelião. Portanto, vemos atualmente uma gradual erosão do poder e da influência da igreja na sociedade. Vemos também ameaças, a maioria das quais ainda veladas, contra os cristãos fundamentalistas. Quando o Anticristo aparecer, receberá poder para esmagar completamente o povo de Deus [Daniel 7:21, 25; 8:24; 11:32-36; 12:7].
2) Apocalipse 13:1-11, especialmente o verso 7: "E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação." Observe as frases "Foi-lhe permitido [ao Anticristo]..." e também "Deu-se-lhe poder..." Alguma autoridade maior que o Anticristo e seu principal mantenedor, Satanás, dará ao Anticristo o "poder" ou capacidade de pelejar contra os santos e os vencer. Agora, por que Deus permitirá que Seus fiéis nascidos de novo sejam esmagados pelo poder de Satanás, operando por meio do Anticristo? Por que Deus permitirá que Seu povo, que confia nele para a salvação, seja aniquilado? A resposta está em Daniel 11:35: "E alguns dos entendidos cairão, para serem provados, purificados, e embranquecidos, até ao fim do tempo, porque será ainda para o tempo determinado." O significado é que esse será um tempo de provação para o povo de Deus, para remover a falsidade da igreja de Deus. Obviamente, quando a participação como membro, ou a simples associação com uma igreja cristã puder resultar em morte e torturas, ninguém quererá fingir e se passar por cristão. Aqueles que fingem serem cristãos abandonarão a igreja imediatamente. Os salvos genuínos continuarão firmes e serão refinados e purificados, para serem apresentados a Jesus Cristo como ouro puro.
Essa perseguição dos cristãos durante a Grande Tribulação será tão intensa que Jesus exorta seus seguidores deste período:
"Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem." [Apocalipse 14:12-13].
Somos exortados a perseverar e confiar totalmente em nosso Salvador, pois Ele sabe o que está fazendo, mesmo que tenhamos de passar pela morte. Satanás terá uma vitória global temporária contra o povo de Deus. Para o satanista hoje, que está exultante, sentindo que o curso da batalha está virando a seu favor, dizemos isto: Não fique tão orgulhoso e confiante, pois a Bíblia prediz essa virada nos eventos e a vitória global temporária de Satanás nesta época. O fato de essa virada no curso estar ocorrendo é um dos sinais da proximidade do fim dos tempos.
Profecia Referente à Remoção do Poder de Restrição do Espírito Santo
Em 2 Tessalonicenses 2, o apóstolo Paulo revela algumas coisas muito interessantes referentes a Satanás e seu desejo de controlar o mundo. No verso 3, Paulo diz que o período da Tribulação só iniciará após a igreja cristã apostatar. Então, e somente então, o Anticristo (o homem do pecado) será revelado. O Espírito Santo de Deus restringe o mal de duas maneiras: 1) Opera individualmente convencendo as pessoas de seus pecados e levando-as ao Pai. João 6:44 diz: "Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia." O Espírito Santo também restringe o mal nos incrédulos hoje, impedindo-os de irem à total depravação que reside nos corações de todos. Após o arrebatamento da igreja, muitos estudiosos da Bíblia acreditam que o Espírito Santo não mais restringirá os incrédulos. Ocorrerá uma total depravação, imediatamente! 2) Deus restringe as nações e os líderes delas, impedindo que uma nação domine toda a Terra e impedindo o aparecimento do maligno Anticristo antes do tempo determinado.
No entanto, no fim dos tempos, o Espírito Santo removerá Seu poder de restrição, permitindo que as nações do mundo unam-se globalmente e permitindo que o Anticristo seja revelado, como ele quer se revelar há quase 2.000 anos. [2 Tessalonicenses 2:6-8].
Finalmente, esperamos que o processo de remoção do poder de restrição do Espírito Santo ocorra gradualmente, da mesma forma como uma mulher grávida dá à luz, com as dores aparecendo e aumentando à medida que o momento do parto se aproxima. A criança, neste caso, é o Anticristo. Podemos esperar, com base nas palavras de Jesus Cristo em Mateus 24:8, que o Espírito Santo começará a remover Seu poder de restrição algum tempo antes do aparecimento do Anticristo, de modo que o "nascimento" desse personagem maligno coincidirá com a total remoção das restrições do Espírito Santo. Essa visão responde à muitas perguntas sobre os eventos mundiais desde que Israel retornou à Terra Prometida em 1917, quando as potências ocidentais, por meio da Declaração de Balfour, comprometeram-se a apoiar o retorno de Israel. Estamos muito próximos da total remoção desse poder de restrição nacional e, portanto, muito próximos do aparecimento do Anticristo.
Os Sete Principados do Reino das Trevas [Conforme Ensinado aos Feiticeiros Iluministas]
Agora que examinamos os ensinos bíblicos referentes ao poder sobrenatural de Satanás, o poder onipotente de Deus, e a guerra espiritual que ocorre diariamente nas regiões celestiais, vamos retornar ao assunto das Sete Divisões do Reino das Trevas. Exatamente como Satanás colocou demônios poderosos para persuadirem os líderes humanos, durante cada período da história mundial, para fazê-los seguir seus planos, assim também colocou demônios poderosos para controlarem as sete divisões do seu reino. As informações que vamos compartilhar com você agora são provenientes do livro Secrets of the Illuminati (leia a resenha), de Doc Marquis, publicado pela American Focus Company, ISBN:1-877858-66-8. Marquis foi um feiticeiro Iluminista, que se converteu a Jesus Cristo e hoje coopera com este ministério. Em seu livro, ele relaciona essas sete divisões, os nomes dos demônios que estão no comando e o que cada um procura fazer na Terra. Ao ler as descrições dessas divisões, pense nas notícias do dia-a-dia. Todo o tipo de crime está ocorrendo, e você poderá compreender que Satanás e seus demônios estão obtendo um sucesso sem precedentes na nossa sociedade atual.
Por quê? Leia nosso artigo CE1001, America´s New Satanic Foundation, para compreender nosso dilema espiritual nacional. Uma vez que você compreenda os preceitos desse artigo, mais as divisões do Reino das Trevas, que será mostrada em seguida, compreenderá por que nossa sociedade está tomada pelo crime hoje. [Nota de A Espada do Espírito: O artigo CE1001 não está disponível neste site, no entanto, um artigo que contém informações complementares a este que você está lendo é N1033, Uma Análise Cristã de Halloween Pelo Prisma da Futura Nova Ordem Mundial, cuja leitura recomendamos a todos.].
Marquis introduz esta seção com estas palavras: "Assim, é com grande hesitação que relaciono os sete principados de mais alto nível do Inferno, conforme é ensinado aos feiticeiros Iluministas. Acho que, para dar uma clara compreensão das possessões, de quem as causa e por que ocorrem, eles [os seres demoníacos] precisam ser relacionados..."
1) "Rege — É o general do ocultismo. Lida com as drogas alucinógenas, como maconha, haxixe, cocaína, LSD, mescalina e outras. Essas são as drogas da feitiçaria, que atacam e abrem a mente para que um demônio possa entrar na pessoa. Rege também é responsável pelo enfeitiçamento da música."
Meu estudo do ocultismo me revelou que a "abertura da mente em níveis mais elevados de consciência" é absolutamente essencial no desenvolvimento de uma pessoa nos níveis mais elevados do ocultismo. Essa "abertura da mente" depende do consumo de drogas. Portanto, se nossa teoria delineada no artigo CE1001 estiver correta, devemos ver um tremendo problema de pessoas consumindo drogas de uma maneira generalizada e sem precedentes. Você vê esse problema nas notícias do dia-a-dia?
Quanto ao fato de a música popular estar enfeitiçada, acredito nisso totalmente. O espaço e o tempo não me permitem entrar em detalhes sobre isso; no entanto, apenas apresento para sua consideração que as pessoas que são treinadas na feitiçaria recebem a informação que a música popular, especialmente a música voltada para o público adolescente, é enfeitiçada, para alcançar o máximo do efeito desejado.
2) "Larz — Demônio da lascívia sexual, da homossexualidade, bissexualidade, adultério, e outros prazeres sexuais." Novamente, os jornais e revistas estão repletos de sexo e perversões sexuais. A pornografia, tanto da forma "pesada" quanto da "suave" pode ser encontrada em qualquer localidade do país. A programação da televisão está repleta de filmes, novelas e comédias que usam o sexo para atrair a audiência. As prisões estão lotadas de pessoas presas por crimes sexuais, de estupros à pedofilia. As locadoras de vídeo oferecem uma ampla variedade de "Filmes para Adultos" e a Internet está rastejando lentamente, por causa do alto volume de pornografia que está em circulação.
Larz está obtendo grande sucesso no mundo de hoje, mais do que em qualquer outro período na história. Um dos seus grandes sucessos nos EUA é a legitimação da homossexualidade e da bissexualidade. Larz fez um excelente uso do infame Plano das Seis Etapas para a Mudança do Comportamento, discutido no artigo N1055. Como mostramos no Seminário 1, que pode ser adquirido em fitas cassetes diretamente no nosso site na Internet, quando uma pessoa é convidada a se tornar um feiticeiro, primeiro é "recebida" em uma grande festa, onde o álcool e as drogas rolam livremente e o sexo está disponível a todos os que quiserem experimentar, de qualquer maneira que desejarem. O álcool, as drogas e o sexo selvagem servem todos ao mesmo propósito: romper o antigo sistema de valores e a consciência da pessoa de seu estilo de vida atual. O sexo também é muito importante na feitiçaria. É o cumprimento de Romanos 1:25-29, especialmente o verso 25, que diz que os pagãos adoram a criatura (o sexo) e não o Criador. O apóstolo Paulo deixa claro, nos versos 26-29, que a corrupção da verdadeira adoração resulta em todos os tipos de impurezas e perversões sexuais. Novamente, se nossa teoria exposta no artigo mencionado estiver correta, deveremos ver uma obsessão cada vez maior com sexo em nossa sociedade.
3) "Baco — Demônio dos vícios, como drogas, fumo e álcool." Satanás gosta de capturar uma pessoa em algum tipo de vício, pois então fica muito mais fácil controlá-la para seus objetivos malignos. Vemos esses tipos de vícios afligindo nossa sociedade hoje. Tenho certeza que os fumantes nunca pensaram que sejam vítimas da ação de demônios. No entanto, isso é verdade. Se nossa teoria estiver correta, deveremos ver um aumento cada vez maior desse tipo de dependência. Além disso, Rege e Baco podem trabalhar em conjunto para maximizar suas respectivas áreas de responsabilidades, eles e suas legiões de demônios subalternos.
4 "Pã — Demônio da mente. Causa doenças mentais, depressão, tendências suicidas, ataques nervosos e sentimento de rejeição. Você já observou que quando uma pessoa se torna deprimida, ou se sente rejeitada, ela se volta para as drogas ou para algo que cause dependência? Vê como um demônio pode levar uma pessoa a outro demônio? Pã faz as pessoas se sentirem deprimidas, de forma que caem sob a influência de Rege, o demônio do ocultismo e das drogas, e ele, por sua vez, leva as pessoas a Baco, o demônio dos vícios e das dependências. É um grande círculo, no qual os demônios tentam prender as pessoas para sempre."
Esse tipo de cooperação entre os vários demônios de alto nível hierárquico e seus principados realmente me faz pensar na situação atual. Existem milhões de pessoas dependentes de um ou mais vícios! As conseqüências são severas, e espiritualmente mortais. Nossa sociedade está preparada para aceitar o Anticristo e seu modelo de sociedade pervertida e corrompida. Você consegue ver, nas notícias e na situação atual, o quanto estamos próximos do fim?
5) "Medit — Demônio do ódio, assassinato, matanças, guerras, ciúmes, inveja e fofocas." Parece enredo de novela da televisão, não é mesmo? Esse demônio está também muito ativo na sociedade atual, enchendo as notícias do dia-a-dia com assassinatos e desordens. Tenho a certeza que os ativistas que lutam contra a violência doméstica nunca pensaram que estão lutando contra uma horda demoníaca. Novamente, quando essa divisão de demônios coopera com as divisões que promovem os vícios, as drogas, o álcool, as doenças mentais, etc., você tem um poderoso caldeirão de problemas, de uma natureza desastrosa!
6) "Set — Demônio da morte. Isso realmente existe." Guerras, terrorismo e assassinatos estão aumentando em todo o mundo. O século 20 foi o mais violento e sangrento da história mundial; foi quando ocorreram os genocídios. Esse demônio marcha com os exércitos do mundo, com os grupos guerrilheiros nas selvas e com as gangues de jovens nas cidades. Ele fica de tocaia na escuridão da noite, aguardando para atacar sem aviso, sem misericórdia e sem qualquer motivo. "Set" é o nome dele; Morte é o nome do jogo.
7) "Demônio Cristão — Esse demônio não tem um nome definido. Ele é tão poderoso que a maioria dos feiticeiros prefere não incomodá-lo... Fazer os cristãos falar mal uns dos outros em fofocas e causar rixas dentro da igreja e entre os irmãos... Ele também procura enfraquecer a comunhão dos crentes com o Senhor e fazê-los negligenciar os compromissos com a igreja, como o dízimo, a evangelização, o envolvimento na obra do Senhor e muitas outras coisas."
Seriam as atividades persistentes desse demônio responsáveis pela apostasia na igreja cristã? O ano de 1948, em que Israel retornou a sua terra, foi também a época em que o Conselho Ecumênico Mundial de Igrejas e o Conselho Nacional de Igrejas (nos EUA) foram criados. Os autores de livros de Nova Era são enfáticos em dizer que esses movimentos são absolutamente essenciais na união das religiões do mundo para formar a vindoura religião da Nova Ordem Mundial, do Cristo. Sempre entendemos que as igrejas cristãs têm a chave para o aparecimento do Anticristo. Enquanto estivermos firmados na verdade do evangelho, recusando a contemporização, o Anticristo não poderá aparecer. No entanto, assim que as igrejas cristãs começarem a se afastar das doutrinas fundamentais e negarem a verdade do evangelho, devemos esperar que as forças do Anticristo avancem. Realmente esse cenário está ocorrendo hoje. Parabéns, líderes cristãos liberais! Vocês estão abrindo as portas para o Anticristo!!
Agora que conhece as sete divisões principais do Reino das Trevas e o que cada uma delas é responsável por realizar na Terra, você pode compreender um pouco melhor o que está acontecendo no mundo atualmente — nas notícias do dia-a-dia — e por que essas coisas estão acontecendo.


Você está preparado espiritualmente? Sua família está preparada? Você está protegendo seus amados da forma adequada? Esta é a razão deste ministério, fazê-lo compreender os perigos iminentes e depois ajudá-lo a criar estratégias para advertir e proteger seus amados. Após estar bem treinado, você também poderá usar seu conhecimento como um modo de abrir a porta de discussão com uma pessoa que ainda não conheça o plano da salvação. Já pude fazer isso muitas vezes e vi pessoas receberem Jesus Cristo em seus corações. Estes tempos difíceis em que vivemos também são tempos em que podemos anunciar Jesus Cristo a muitas pessoas.
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.
Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia-a-dia.

fonte google

curso de Missiologia

Como agir missionariamente numa época tão voltada pra o intra,
para o particular, para as necessidades individualizadas?
O contexto envolvido no “mundo” de hoje, altamente secularizado e
hedonista é mais complexo para que a igreja atue do que em outros
contextos de missão que ainda permanecem com menor parcela de
influência do gene da pós modernidade; por isso é necessário
empreender uma leitura cultural séria, utilizando-se diversas
ferramentas como a Antropologia, Sociologia, Economia, Psicologia,
Pesquisas Geocensitárias, História, Marketing dentre outras para
estabelecer a base do conhecimento do perfil, mas também da
história, da movimentação intereligiosa antes mesmo da desistência
da religião ou da não opção por esta. Esta “leitura deve gerar uma
inteligibilidade da vida social” (BORDIEU: 1963).
Como ser uma igreja missional num mundo hedonista e marcado por
uma espiritualidade hipócrita e farisaica além de descomprometida
com o outro? Os desafios que a cultura brasileira impõe sobre a
espiritualidade cristã são tremendos principalmente no que tange a
separação entre uma espiritualidade sadia e a teologia. Tomás de
Aquino, no fim da idade média, propõe que o relacionamento com
Deus é algo separado do conhecimento mais intelectual, ou
sistemático a seu respeito, levando a teologia para uma categoria que
ela nunca pertenceu: apenas de ciência desprovida de relação íntima
com Deus e incapaz de provocar no ser humano um avivamento
amoroso em relação a Deus. Cria-se então um abismo que gera certo
conforto na ausência de cobranças sobre a preocupação com a vida e
vontade de Deus sobre a minha vida. Deus passa a ser um objeto de
MissioNEWS
Revista de Missiologia Online
Volume 1 – Ano 1 – Abril de 2009
Páginas 96-113
ISSN 0000-0000
Artigo: Paradigmas para entendimento e prática de uma
missiologia integral que resulta numa evangelização contextual
e transformadora
Autor: Gedeon J Lidório Jr
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estudo e o relacionamento com ele algo para mentes menos
esclarecidas. Esta visão separa inclusive a própria teologia de uma
missiologia aplicada ao contexto, porque evoca um conhecimento
intelectualizado de Deus e assim, abrindo mão de um entendimento
prático da aplicação da intimidade com o próprio Deus estudado.
Quero propor algumas pistas para um entendimento mais
contextualizado da missão para que essa compreensão se transforme
em guia para uma ação missionária eficaz e eficiente que glorifique a
Deus e cumpra sua vontade – isto é missões!
Em primeiro lugar, quero declarar que há uma guerra em
andamento, uma batalha que está sendo travada e que tem o poder
de confundir muitos e levar outro tanto para a oposição de que a
batalha realmente exista. Não é uma luta contra carne e sangue, mas
é uma batalha espiritual – aqui faço devidamente uma ressalva de
que por espiritual não quero dizer astral, quando “saímos do corpo”
como se houvesse a possibilidade de uma batalha puramente no
mundo invisível – porém, é uma batalha visível no dia a dia,
participamos dela o tempo todo, sentimos no corpo, na mente e no
coração as setas vinda do campo do inimigo e é uma luta conta o mal
estabelecido. Paulo argumenta coerentemente em Efésios capítulo 6
sobre a batalha em que o crente está inserido e diz que lutamos
contra os kosmokratoras (a expressão que ele usa em Efésios 6.11 e
12 é: “dominadores deste mundo tenebroso” que, traduzindo para
uma realidade mais próxima do nosso entendimento, seriam aqueles
seres que planejam e sabem como fazer o mal, tendo informações
detalhadas para um planejamento estratégico do mal que envolve
nossas vidas em suas íntimas considerações – são os burocratas do
mundo maligno que fazem os planos de destruição de tudo o que é
bem sobre a terra trazendo injustiças, desvios, corrupções pessoais e
estruturais e tudo o que pode em longo prazo redundar em benefícios
para que o mal prevaleça.
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Imaginamos que a batalha espiritual aconteça sempre no “mundo
espiritual” e então tentamos empreender somente ações espirituais,
mas a grande confusão reinante traz justamente um grande mal para
a batalha, pois guerreamos a guerra certa com as armas erradas.
Neste contexto de guerra é fácil cairmos em tentação de
espiritualizarmos (ou talvez de levarmos a batalha para um terreno
onde ela não poderá acontecer) toda a missão que nos está proposta,
entretanto, Efésios 6.20 coloca nosso pé novamente no chão e
devemos então enxergar corretamente isso – Paulo está numa prisão,
algemado, limitado, sozinho, abandonado, se sentindo vil e
desprezado – mesmo assim ele deseja sair da prisão para abrir sua
boca e proclamar o nome de Cristo entre as pessoas. Isso nos lembra
então que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas é pela
libertação da carne e do sangue – é uma luta contra a injustiça,
contra os falsos relacionamentos, contra a deturpação da verdade e
conseqüente levante para o erro, contra a falsidade, contra a
hipocrisia, e tudo isso num nível muito mais íntimo do que
gostaríamos, porque a luta principalmente ocorre e acontece entre as
paredes do meu e do seu coração – aí as batalhas são travadas e as
vitórias alcançadas e as derrotas vividas.
Não imaginamos que a batalha possa ocorrer desta forma. Imagine
que em diversos setores e segmentos da vida humana são atingidos
por um mal que os corrompe e por isso pensemos que a nossa ação
deve ser de “expurgar” o mal que há nestas áreas. Empreendemos
reuniões de oração, palavras de ordem são ditas, decretando a
falência do mal e muito mais tem sido feito.
Sinceramente, porém, penso que muito mais precisa ser feito. A
sincera vida com Cristo requer mais que isso, mais que palavras,
requer mudanças e estas são radicais. Há um conjunto de pessoas em
determinado setor – tomemos a política como exemplo. Este setor da
vida humana é revestida de regras do jogo, que imperam acima até
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mesmo das leis da ética e moralidade. Há uma estrutura em jogo e os
jogadores não estão dispostos a abrir mão dos benefícios deste meio
de vida. A corrupção muitas vezes é meio de vida. A palavra em
grande parte do tempo é apenas uma convenção. A amizade é vista
como referência de onde se está e, portanto mutável. A mudança dos
ideais tem mais a ver com o que se pode conseguir por isso do que
com a defesa de necessidades de uma sociedade que se representa. E
muito mais... Com o intuito de melhor tudo isso podemos
empreender uma guerra no mundo espiritual, porém somente isso
não surtirá efeitos coerentes e duradouros. É preciso juntar forças e
estabelecer transformações. Os corações dos envolvidos devem ser
transformados. A ética precisa ser recolocada no lugar correto e a
palavra tem que valer como sim, sim ou não, não. Para que tudo isso
aconteça orações e palavras de ordem somente não bastam – Deus
nos fez “sal” e “luz” do mundo não para que gritássemos impropérios
conta o mal simplesmente, mas que transformássemos a realidade
onde estamos inseridos.
Nossa vida, nossa nação, nosso mundo precisa de ação espiritual de
crentes que oram, que jejuam, que se incomodam e choram ante a
ação do maligno, mas também de crentes que agem, influenciando
pessoas a pensar corretamente, influenciando setores a modificar
ações que tendem para o mal, crentes que sejam agentes de
transformação de realidades, olhando para o que a Bíblia sempre tem
a dizer, formulando e agindo contra toda e qualquer forma de
maldade e impiedade.
Oscar Cullmann diz que “já foi ganha a batalha decisiva. A guerra,
porém continua até o dia da vitória” (Salvation in History, citado no
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento). Esta
guerra iremos sempre travar espiritualmente, mas com os pés no
chão (leia novamente Efésios 6.20 e veja onde Paulo estava ao
escrever sobre este assunto) e nossas ações de santidade valem tanto
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quando nossas ações, pois Deus usa de nossas ações para autenticar a
verdade que sai de nossos lábios.
O professor Jun Vencer em seu seminário sobre Jeremias 29 (A
Transformação da Cidade – material colhido em aula de pós
graduação na Faculdade Teológica Sul Americana, Londrina, PR)
propõe que este mal, estabelecido por Paulo em sua carta aos cristãos
de Éfeso e demais igrejas da época, interage e age diretamente nas
estruturas as quais corrompe e degenera, trazendo dor, maldade,
dolo, injustiça e muito mais.
Existem realidades invisíveis e forças espirituais que influenciam
eventos históricos, assim estruturas que não são boas ou más,
influenciadas por estas realidades invisíveis se tornam estruturas
demoníacas; de opressão, tirania, medo e injustiças. A evangelização
e a vida cristã normal requerem uma igreja que encara o mundo
visível com suas necessidades, mas também o mundo invisível que
modifica o bem em mal corrompendo as estruturas e agindo
diretamente com elas e através delas.
Estes elementos malignos formam uma rede em oposição ao reino de
Deus, liderados pelos kosmokratoras que citei anteriormente.
Jun Vencer em sua aula na FTSA mostra que o “mal estrutural” gasta
por ano mais de 9 trilhões de dólares, com financiamentos de crimes,
armamentos militares, fraudes financeiras, apostas, crime
organizado, alimentos perdidos para pragas urbanas (ratos, por
exemplo), tabagismo, sonegação de impostos, drogas ilegais e roubo.
Isso é 32% do produto interno bruto mundial. Segundo o professor
Jun Vencer se este valor fosse reduzido para 6% sobraria dinheiro
para abrigar todos os pobres do mundo com moradia, educação,
comida e água.
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A pergunta que deve ser feita nesta altura é: Será que ser “sal da
terra” e “luz do mundo” se destina somente as tentativas de “salvação
de almas” ou será que estas duas condições do cristão, o colocam
como um agente de transformação de realidades?
Mesmo entre aqueles que crêem na primeira parte, a salvação de
almas para o mundo espiritual requer um entendimento correto do
contexto onde estas pessoas estão para que a contextualização do
evangelho seja feita e, além disso, o trabalho não será frutífero a
menos que a Igreja avance contra as portas do inferno que não
resistirão a ação de Cristo que a constrói!
Fazer missões é, de maneira bem simples, cooperar com Cristo na
construção do seu Reino – assim, o Reino de Cristo, que é opositor
direto do reino deste mundo será fator preponderante para a ação
missionária da Igreja e quando esta age, o reino das trevas não
prevalece. O prevalecimento deste mal acontece na justa medida em
que nos calamos, omitimos nossa vida da vida do mundo pensando
que seremos contaminados – o contrário é a verdade: nós fomos
chamados neste contexto secularizante justamente para ajudar na
transformação desta realidade: isso é missões!
Quero analisar alguns temas importantes para entendermos melhor
sobre esta dominação tenebrosa de todo um contexto sócio-cultural,
olhar de frente estes assuntos e compreender um pouco mais o
campo de nossa missão num mundo cada vez mais pós-moderno.
Vejamos:
O mal na política
O sistema estruturalmente influenciado e planejado pelo inimigo traz
sobre a política uma ação de injustiça e opressão muito comum em
tantos recantos do Brasil e fora dele. O mal também triunfa num
planejamento da perda de liberdade básica, mudando para uma
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liberdade corporativa, ou seja, somos e fazemos aquilo que se espera
de nós, na instituição de uma tirania malevolamente bem conduzida
que se traduz em corrupção, dinastias de poder e muito, mas muito
nepotismo.
As estruturas do poder, da ação governamental e do próprio povo
inserido, estão corrompidas e jazem no maligno. As leis, as políticas
de ação, as constituições tendem a favorecer este ou aquele
grupamento, negociando em favor da facilitação para uma melhoria
de vida para alguns que detém o poder e a oportunidade de
controlarem em detrimento da desgraça e perda de esperança de
quem sempre se encontra com as mãos vazias.
A igreja, principalmente a nossa, brasileira, está acostumada a
enxergar governo, política e administração estatal como sendo um
mal necessário e tem tido a tendência de não enxergar como possível
uma transformação nesta área. Muitos cristãos, daqueles que se
arriscam a “fazer política” vão para o meio dos “lobos” tão mal
preparados, com tamanha sede corporativista para defender os
direitos evangélicos que muitas vezes não conseguem transpor a
barreira da insignificância política, transformando uma situação
difícil em algo pior, onde os votos e as ações são para um grupo,
beneficiando poucos em detrimento de muitos e assim, não
conseguem ser suficientemente sal e luz para transformar esta área
tão importante da nação.
Alguns outros, pensando na política apenas partidária, nem sequer
notam que a verdadeira arte da política está em se colocar em lugares
onde as decisões ocorrem como é o caso dos conselhos que atuam na
cidade, nos estados e em todo o país. Os conselhos, as associações, as
representações tudo isso é o que podemos fazer, como cristãos,
mesmo que não sejamos “políticos profissionais”, eleitos e pagos,
para que a justiça e o reino de Cristo venham em primeiro lugar, para
que todo o restante seja acrescentado.
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O mal na cultura social
A secularização e decepção com o sagrado têm gerado um contexto
de extrema instabilidade, muita alienação e falta de esperança na
sociedade moderna (pós-moderna?). O racismo cresce a cada dia
munindo também um classismo criando verdadeiras castas sociais,
buracos na camada de vivência sócio-cultural através de uma
discriminação generalizada, onde os que têm sobrepujam os que não
têm e os que são muitas vezes esquecem-se de realmente ser! Os
vícios têm alienado milhões, causado não só uma dependência, mas a
necessidade de conhecer novas formas alienantes. A criminalidade,
que para muitos é “fruto de uma sociedade corrupta e corruptora”
avassala principalmente as grandes cidades, mas não deixa de estar
presente até em sociedades mais ou menos rurais, gerada pela
iniqüidade que transparece não como mal, mas como libertação de
uma vida repressora da religiosidade. A imoralidade grassa em
meio à comunidade, família e vida, causando erosão nos valores e
princípios antes marcadamente estabelecidos. O crescimento da (ou
descobrimento de...) escravidão em vários cantos e recantos no país
nos leva a pensar nas prisões onde homens e mulheres, culpados e
inocentes, convivem na maior escola de criminalidade que o ser
humano criou – as cadeias. As artes, o entretenimento, a literatura
estão tremendamente contaminados com obscenidade, destruição de
valores antes estabelecidos e marcas (e marcos!) hoje mal definidos.
Na saúde, o ser humano inserido na sociedade moderna, luta contra
grandes epidemias como AIDS e outras, mas também contra a
injustiça do próprio sistema que beneficia, exclui e danosamente leva
para uma sobrevida aqueles que não possuem.
A igreja brasileira sofreu durante bastante tempo com esta exclusão
da cultura própria da sua prática religiosa, como se tudo o que fosse
genuinamente brasileiro fosse carnal, pecaminoso e contaminante.
Na década de 50, violão não era instrumento de adoração, mas de
boemia; a guitarra instrumento do Diabo, o “pai” do rock; a bateria
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trazia desarmonia ao culto como barulho inadequado; as palmas e
alegria não deviam ser demonstradas com muito ênfase, devido a
emocionalismo em excesso... e assim, as músicas, o ritmo, a vida, os
costumes, as muitas manifestações culturais eram tidas (e ainda são
nos dias de hoje em muitas lugares!) como demoníacas.
O evangelho é supracultural, ou seja, ele é aplicável a qualquer
pessoa em qualquer contexto cultural e isso deveria servir para nós
como bússola para uma igreja evangélica culturalmente definida e
socialmente relevante.
Como seria a cara de uma igreja genuinamente brasileira?
O mal na religiosidade
O ser humano moderno, vivendo sobre a égide do hedonismo extrai
daí o relativismo, pois transforma todos os seus parâmetros em
meras referências religiosas que necessariamente não tem a ver com
a vida comum. O senso comum da vida religiosa tem sido modificado
alterando o centro dela – a divindade não está mais no centro, no
lugar da adoração, mas a necessidade pessoal, individual assume o
controle. Os fiéis se transformam em meros clientes, ora satisfeitos,
ora não, e assim modificam o status da religião e a coloca como
produto a ser consumido – daí, a idolatria toma lugar, onde sou eu o
centro da religião e não aquele ser que eu deveria adorar. Qualquer
coisa que retire Deus do centro da vida é idolatria. A espiritualidade
toma conta até mesmo da vida agnóstica, pois o que vale é ter fé. A fé
simplesmente como fim em si mesma – a fé na fé – apegue-se a sua
fé, diriam alguns. A sensação da perda de uma religiosidade mais
profunda leva o ser humano moderno para o ocultismo e
nominalismo; perguntas sem respostas, formalismo religioso,
legalismo e várias formas de tradicionalismo religioso levam a
incoerência e muitas vezes até a violência, perseguição, desprezo,
afastamento e reclusão. A religião tem sido em diversos sentidos uma
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das formas de opressão do ser humano, onde Deus é substituído por
tiranos que se auto intitulam governantes com uma nova visão a ser
implantada.
A intimidade com Deus está sendo substituída por um conceito de
“comunhão desprovida de relacionamento profundo”, uma
espiritualidade aproveitadora e utilitarista, onde Deus é o “grande
provedor”.
O cristianismo e a cristandade cada dia mais estão separados e
parece não tão distante o dia em que as palavras do apóstolo João no
Apocalipse, em que Jesus, do lado de fora, bate na porta e diz querer
ter comunhão com sua igreja, mas este nem o percebe. Parece que
estamos criando um cristianismo onde Cristo não é mais o centro,
mas o ser humano e suas necessidades.
O mal na economia
Dinheiro e materialismo, exploração, trabalho injusto, ganância,
usura, trabalho infantil, consumismo excessivo, massificação da
pobreza e tantos outros fatores são drasticamente o retrato da
sociedade atual, onde um abismo se abre entre as classes sociais.
O dinheiro, a própria Bíblia adverte, não tem mal em si, mas o amor
por ele trará males que mascara a prosperidade com a capa da
elegância e da bênção. O dinheiro gira a produção e a produção move
o mundo como o conhecemos e este mover é um trator que nivela e
estraçalha a vida, transformando uma paisagem ondulada, cheia de
entradas e saídas numa grande avenida asfaltada, sem vida, sem
esperança. As formas de opressão, de maus tratos e de
renovadamente inventar maneiras de roubo, desvio e corrupção tem
sido grandes marcas do mal que está por trás destas estruturas,
gerando incertezas, modificando a esperança em alienação e tirando
a cor da própria vida.
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O mal na mídia
A mídia é orientada para o negócio, ou seja, o dinheiro, fama e status
é o que conduz as escolhas e demonstrações, exposições e omissões.
Ela, a mídia, tem um papel importante na formação do povo
brasileiro, que facilmente aprende com histórias, com narrativas. A
condução das tramas é um legado da audiência, onde se põe e se
dispõe de maneira direcionada, pela oscilação de público. A
condução das ideologias se torna uma ferramenta de controle vital e
aumento e disseminação de uma sensualidade exageradamente
aberta, além de que tudo parece favorecer o rico, o poderoso.
A mídia não é um “demônio”, mas é constantemente demonizada e
tem o intuito de moldar o pensamento para gerar um estimulo que
leve ao consumo, a libertinagem, a necessidades que nem
sonhávamos em ter e soluções para estas que foram criadas.
O mal na educação
A educação tem se tornado um palco de neutralidade de valores, sem
realmente querer influenciar de modo positivo nem negativo e assim
então acaba transformando estudantes e educadores em peças
comuns de um maquinário tremendamente pesado e indolente,
trazendo sobre uma letargia fora do comum, uma acomodação e
deficiência na acertividade e condução de vidas de maneira ativa. É
unilateral o ensino, numa filosofia educacional secularizada que
traduz um racionalismo científico que busca um sucesso
individualista favorecendo o secularismo, a decepção e o desprezo
pelo que é comunitário trocando tudo por um corporativismo que
favorece o rico, o influente, o tirano.
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O mal na ecologia
O desmatamento e a condução dos ecossistemas são o fruto de abuso
dos recursos naturais que levam a desastres naturais, onde a
natureza apenas responde diante de tamanho desprezo e falta de
respeito e cuidado. A atmosfera poluída favorece a disseminação de
doenças piorando a qualidade de vida daqueles que optam pelas
grandes cidades.
O mal na personalidade e na alma do ser humano
Todas as ações maléficas que citei acima, nas áreas de convivência e
necessidades humanas engendram a má formação da personalidade
humana; não são causadoras, mas o pecado que invade a vida e alma
do ser humano o coloca naturalmente ao lado do mal – na queda
fizemos uma escolha, escolhemos a independência de Deus e assim
uma vida que vai na contra mão de sua vontade. Portanto, todas estas
estruturas são movidas por pessoas e pessoas caídas.
O mal na família
O propósito divino para a família, de fazer com que o ser humano
experimentasse o mais alto ideal de união, comparável por Paulo a
união de Cristo com a Igreja, quando ele fala da relação existente
entre o marido e a sua mulher se perde ao caírem nos nossos
primeiros pais e parece a nós, olhando do prisma do pecado e da
sujeição de nossas vontades à carne e aos desejos, que a família não é
mais uma idealização correta e boa para o ser humano. Casamentos
mal resolvidos, uniões mal construídas, relacionamentos que se quer
mais e não se dá mais, maridos que não querem ser homens e
mulheres que não desejam mais o ser feminino, como se a diferença
fosse gritantemente errada, pois o mundo moderno quer ver a
“igualdade” não na conformação cada qual com sua personalidade,
mas no traçar de um ideal de massificação da sexualidade e todos
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precisam, a custo de não reter suas pessoas, serem iguais,
eliminarem as diferenças, como se estas interferissem no
relacionamento, criando seres andróginos, desprovidos de beleza
única e transformando a família – uma união de diferentes para a
glória de Deus – em um conglomerado de decisões sutis e
psicologicamente pensadas para que cada um exerça seu papel na
engrenagem, sem falhas, sem perdas, sem defeitos – como se fosse
possível! Diante deste ideal criado por uma sociedade “moderna” o
ser humano se vê fracassado ante o paradigma que tenta quebrar,
pois há uma impossibilidade em nos transformar na imagem do
outro – Cristo quer, desde a muito tempo, desde a criação, nos
transformar na sua (do próprio Deus!) imagem e semelhança.
A perda do ideal familiar em detrimento de uma felicidade ganhada a
custa de muita negação; a destruição dos paradigmas da educação de
filhos, onde estes se tornam mandantes na estrutura familiar e seus
desejos precisam a todo custo serem supridos; a crescente e
avassaladora transformação de família em fragmentos e estes
pedaços não são peças que se encaixam, mas que tentam, sem saber
porque e como, sobreviver por si só.
Toda esta visão deve gerar em nós compaixão e este amor
direcionado transformado em ações práticas de nossa parte. Aí entra
o testemunho da Igreja, de cristãos que, entendendo sua realidade
sabem o que devem fazer.
O testemunho
Paradigmas não devem ser entendidos como apenas uma situação a
ser quebrada, mas como um modelo para decisões posteriores e
podemos então falar que é um modelo de interpretação –
interpretação do mundo que nos cerca, das suas estruturas e das
ações que ousamos ter.
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A pergunta inicial precisa ser respondida todos os dias: como ser um
povo missionário em meio a um mundo tão secularizado e que tem as
suas estruturas modificadas pelo pecado, pelo mal, pelo inimigo?
Quais implicações estes paradigmas trarão sobre a vida que tenho
diante de Deus, no dentro do corpo de Cristo e no meio do mundo?
Mateus 5.13 – “Vós sois o sal para a terra” – a
integralidade da missão
A mensagem de Jesus em seus sermões do monte explicita seu desejo
para com seu povo e a missão designada para eles – que vão e dêem
fruto e o fruto permaneça, porém mais que regras ou mandamentos
estes princípios revelados nos discursos do Mestre demonstram a
vontade de Deus da restauração e reconciliação consigo mesmo de
todas as coisas. A partir da idéia do “sal da terra” Jesus estende o
plano da redenção a toda criação (e não apenas o ser humano!), por
isso, o “sal da terra” necessita ser entendido como “sal para a terra”,
de maneira mais inclusiva, que abrange não somente a proclamação
do Evangelho de salvação para o ser humano, mas a integração da
vida do povo do reino com a restauração e reconciliação de todas as
coisas com Deus, tanto na apresentação de uma mensagem salvadora
como na prática de cuidado integral, na atuação de soluções para os
problemas humanos, seus males, seus conflitos, seus psiquismos,
suas alienações – este é o ministério dos súditos do Reino de Deus.
Ser sal para a terra é abençoar a criação e não apenas salgá-la para
não apodrecer; é dar novas possibilidades e não apenas dar sabor
diferente. A santidade está implícita neste ensino, pois, se o sal para
a terra vier a ser desqualificado para nada mais presta senão
permanecer onde está, mas sem o propósito de abençoar – o sal
então passa a ser apenas terra, lugar pra se pisar, fica sem sua função
inicial – a de fazer diferença no lugar onde se está colocado. Ser sal
para terra, portanto, é glorificar o nome de Deus através de uma vida
qualificada e transformadora, uma vida que se insere no contexto da
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própria criação, alcançado-a e trabalhando em sua restauração e
reconciliação com Deus e tudo isso sem perder o sabor, sem perder a
vida, sem perder a fidelidade para com o Senhor.
v.13 – “Vós sois o sal para a terra”
Vós sois o sal para terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe
restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado
fora, ser pisado pelos homens.
Não há de se entender Redenção ou mesmo a Missão ou sua ação
missionária essencial na evangelização sem que se atente para o
plano geral (e maior!) de Deus em relação a todas as coisas criadas: a
expectativa da Revelação de Deus é fazer o ser humano entender que
tudo foi criado com um propósito que é de dar glória a Deus e não
apenas o ser humano. Tendo então a criação como um todo o
objetivo de glorificar o nome de Deus, é necessário pensar na função
da Igreja em salgar a terra de maneira mais inclusiva do que existe
hoje, talvez até mesmo numa digressão, estabelecer novos conceitos
pelos quais fortalecer a fé e despertar ações a caminho de uma vida
cristã mais autêntica, holística e em consonância com o plano e
propósito de Deus para a própria criação.
Em Gênesis 1.26 a 2.17, enxergando o texto pela ótica da Missão de
Deus, podemos destacar alguns pontos:
A humanidade criada foi feita à imagem e semelhança do seu Criador
(v.26 e 27), foi abençoada por Deus (v.28) e Deus mesmo diz que
tudo foi criado perfeito e bom (v.31); nas palavras de Derek Kidner
“abençoar não é só conferir uma dádiva, mas também uma função
(conforme 1.22; 2.3) e é dessa função que estamos pensando aqui
neste texto. (1985, p.16).
Qual o objetivo da natureza? Ela foi criada por Deus para manter e
preservar a vida do ser humano – “todas as ervas... de toda a terra...
todas as árvores... todos os animais da terra... todas as aves do
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céu... todos os répteis da terra... lhes será por mantimento” (v. 29-
30). Para sua própria preservação, a humanidade recebe de Deus a
bênção, ou seja, a bênção funcional de cuidar de toda a natureza –
“Deus... colocou (o ser humano) no jardim... para o cultivar e o
guardar” (v.15).
A preservação mútua da vida – da humanidade e de toda a criação
além de serem interdependentes faz parte do plano do Senhor para
que a sua glória venha a ser manifestada – ou seja, para que a Missão
de Deus seja cumprida por ele mesmo.
Com a queda a terra se torna maldita (Gênesis 3.17) por causa do
pecado, mas mesmo após a queda enxergamos nos relatos que Deus
permanece ligado ao seu propósito primeiro: glorificar o seu nome
através do seu plano com a criação. Deus re-estabelece esta verdade
em Noé – “Estabeleço a minha aliança convosco (com o ser
humano)... para perpétuas gerações” (Gênesis 9.9-12).
Depois da generalizada corrupção do ser humano que tem por fim a
história de Noé (Gênesis 6 a 9) e com a ampliação da corrupção em
Babel (Gênesis 11) Deus espalha as famílias pela terra (Gênesis 11) e
chama a Abraão, para que o povo formado através dele fosse bênção
para “todas as famílias da terra” (Gn 12.3); Deus não mudou seus
planos e continua com o mesmo propósito: abençoar a humanidade
com sua manifestação, revelação e bondade para que a sua glória seja
manifesta e toda a terra seja invadida com a sua glória.
Os verdadeiros filhos de Abraão (Jesus declara que são aqueles que
são chamados pela fé como o crente Abraão) agora são denominados
pelo próprio Senhor de “sal da (para) terra” (Mateus 5.13).
Analisando exegeticamente este versículo chegaremos a uma
conclusão no mínimo espantosa. Vejamos:
O sal, referindo-se provavelmente ao cloreto de sódio retirado de
perto do Mar Morto, um pó branco que muitas vezes permanecia
misturado a outros produtos, era conhecido de qualquer um dos
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ouvintes de Jesus. Fala-se muito das propriedades preservadoras do
sal ou mesmo da função de dar sabor às comidas. O contexto da
análise lingüística, porém, sugere que antes de mais nada se deve
levar em conta a “propriedade estimulante do sal, como fertilizante.
Esta idéia é mais edificante do que atrasar a putrefação. Jesus não
veio para evitar que o mundo entrasse em putrefação, mas, sim, para
salvá-lo (João 3.17) e dar vida em abundância” (DITNT, 1983, p. 332-
338). Encontramos ainda que o sal deve ser encarado aqui como
“condimento que tem a função de ressaltar a qualidade do alimento
ou do solo” (1983, p. 332-338).
A melhor tradução da frase seria, portanto: “Vós sois o sal para a
terra”, pois a terra (tes ges – grego Koinê) está como genitivo
objetivo indicando que o sal da questão deve ser pensado como
propriedade para a terra.
A palavra terra (ge) aqui empregada denota mais a questão
geográfica do que política e geralmente é utilizada para distinguir o
céu (ouranos) da terra (ge), obviamente diferente de mundo
(kosmos) onde a ênfase são as pessoas, ou o lugar de habitação delas,
num significado mais religioso ou filosófico.
Juan Mateos argumenta que moiranô (falando sobre o sal se tornar
insosso) refere-se a Mateus 7.26, principalmente na questão de ser
néscio aquele que ouve as palavras de Jesus e não as pratica. Assim,
“a comunidade que em sua prática trai a mensagem não tem
nenhuma razão de existir” (1983, pg 62, 63).
Orlando Boyer diz que Jesus “proferiu estas palavras afastado das
multidões (cf Mateus 5.1), mas com o alvo de abençoá-los por
intermédio daqueles a quem ensinava” (1969, p.84), seus discípulos.
Sendo que Deus tem a sua Missão (glorificar o seu nome) e tem um
povo da Missão, seus discípulos, desde o princípio, quer seja na
criação, no mandato cultural, nas alianças, no chamado de Abraão,
na vinda de Jesus, na formação da Igreja ele continua querendo a
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mesma coisa: que nós, os que foram separados por ele e para ele e
que somos constituídos de material diferente da terra que nos cerca
(o sal é uma substância diferente da terra) precisamos exercer a
função de salgar a terra, abençoando e não apenas dando sabor, ou
preservando-a da podridão. É necessário ser mais positivo no alcance
do sal para a terra, pois o que está implícito no texto é justamente a
produção de vida que depende da utilização do sal corretamente, sem
sujeiras que possam desqualificá-lo.
Então, ser sal para a terra tem uma resignificação a ser feita: ser sal
é ser mais que um pregador, é ser mais que um defensor da sã
doutrina, é ser mais que um apologista de Deus, é ser mais que um
denunciador profético dos males e corrupções do mundo, é ser mais,
muito mais; é ser alguém comprometido com o Reino de Deus de
maneira que as ações de salgar a terra perpassem a nossa própria
conduta como servos do Reino e nossas ações sejam inclusivas e não
exclusivas. É ser ativo no compromisso com a restauração da vida e
não somente com a pregação de um evangelho alienante que só faz
sentido dentro das quatro paredes das igrejas. É enxergar os sinais
do reino de Deus, dentro e fora da igreja e persegui-los, e quando os
alcançar promovê-los para que o Reino de Deus seja ampliado e as
bênçãos deste reino alcancem o que Deus planejou alcançar deste o
princípio: toda a sua criação sendo restaurada para a glória dele
mesmo.
Que Deus nos ajude a encontrar na vida de Cristo em nós a condição
verdadeira de sermos sal para a terra e luz para o mundo!
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* Gedeon J Lidório Jr é pastor e missionário presbiteriano e atua
como professor de Antropologia e Missões na Faculdade Teológica
Sul Americana em Londrina, PR.

SEITAS E HERESIAS: O ESPIRITISMO

SEITAS E HERESIAS:
O ESPIRITISMO
1. RESUMO HISTÓRICO: Em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, em Hydeville, Estado de Nova Iorque. Quando tinham, respectivamente, doze e dez anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. As meninas criaram um meio de comunicar-se com o autor dos ruídos, que respondia às perguntas com um determinado número de pancadas. Partindo desse acontecimento, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Os médiuns norte-americanos encontraram também na Inglaterra um solo fértil, por ser o espiritismo ali popular entre as camadas mais ricas. Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail, nascido em Lion, em 1804, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação dum poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou O Livro dos Espíritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Notabilizou-se por introduzir a idéia de reencarnação.
2. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO: São elas: Espiritismo comum, Baixo Espiritismo, Espiritismo Científico, Teosofismo e Kardecista.
2.1. ESPIRITISMO COMUM: Destacam-se:
Quiromancia ou Quiroscopia: Adivinhação pelo exame das linhas das mãos.
Cartomancia: Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.
Grafologia: Estudo dos elementos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.
Hidromancia: Arte de adivinhar por meio da água.
Astrologia ou Uranoscopia: Estudo da influência dos astros, dos signos, no destino e no comportamento dos homens.
2.2. BAIXO ESPIRITISMO: Também conhecido com espiritismo pagão, identifica-se por essas práticas descritas: Vodu, Candomblé, Umbanda, Quimbanda e Macumba.
2.3. ESPIRITISMO CIENTÍFICO: Também chamado "Alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo", ou "Espiritualismo". Se manifesta, inclusive, como "sociedade", como por exemplo a LBV. Também tem sido conhecida como:
Ecletismo: Sistema filosófico onde se escolhe de cada sistema a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
Esoterismo: Doutrina onde a verdade reserva-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
Teosofismo: Doutrinas religioso-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação.
2.4. ESPIRITISMO KARDECISTA: É a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil, tendo as seguintes teses principais:
Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.
Crença da reencarnação.
Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as consequências dos seus atos.
Crença na pluralidade dos mundos habitados.
A caridade é virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitante de um mundo longíquo.
Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.
3. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO: Allan Kardec escreveu: "A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressureição... A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo" (O Evangelho segundo o Espiritismo, págs. 24 e 25).
3.1. A Bíblia nega a Reencarnação: Segundo a maioria dos dicionários, "reencarnação" é o ato ou efeito de reencarnar, a pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra "ressureição" no grego é "anástasis" e "égersis", ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra. Biblicamente, "ressureição" é o mesmo que ressurgir dos mortos.
3.2. Ressureição na Bíblia: Na Bíblia, são mencionados oito casos de ressureição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressureição para tornar a morrer, e um de ressureição no sentido pleno - o de Jesus. Os sete casos de restauração da vida, por ordem, são: a) o filho da viúva de Serepta (I Rs. 17.19-22); b) o filho da sunamita (II Rs. 4.32-35); c) o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (II Rs. 13.21); d) a filha de Jairo (Marcos 5.21-23,35-43); e) o filho da viúva de Naim (Lucas 7.11-17); f) Lázaro (João 11.1-46) e g) Dorcas (Atos 9.36-43). O caso de Jesus é diferente, pois Ele nunca mais morreu. Encontra-se em Mateus 28.1-10; Marcos 16.1-8; Lucas 24.1-12; João 20.1-10; e I Coríntios 15.4,20-23. Quanto à ressureição propriamente dita, escreve Allan Kardec: "A ressureição implica na volta da vida ao corpo já morto - o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absolvidos". Para refutar esse argumento, vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados respectivamente: Lázaro e Jesus.
3.2.1. Lázaro: O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro:
estava morto (vers. 14,21,32,37);
estava sepultado há quatro dias (vers. 17,39);
já cheirava mal (vers. 39);
ressuscitou ainda amortalhado (vers. 44);
ressuscitou com o mesmo corpo e com a mesma aparência que possuía antes de morrer (vers. 44).
3.2.2. Jesus: O testemunho das Escrituras quanto à morte e ressureição de Cristo é que:
Os soldados romanos testemunharam que Ele estava morto (João 19.33);
José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (João 19.38-42);
Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lucas 24.6);
Mesmo após ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo e glorificado, era o mesmo no qual sofrera a crucificação. (Lucas 24.39; João 20.27) 
3.3. Uma Teoria Absurda: Procurando dar sentido a esse absurdo, os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antonio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capítulo de João: "Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo" (o grifo é nosso), quando o versículo naquela versão é escrito da seguinte forma: "Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo" (o grifo é nosso).
4. JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO? Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: - "Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: - De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram... Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mateus 17.10- 13). Acerca de João Batista, disse mais Jesus: "E, se o quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir" (Mateus 11.14)
4.1. Opinião Espiritista: Allan Kardec escreveu: "A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade... "É ele mesmo o Elias que havia de vir". Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva" (O Evangelho segundo o Espiritismo, págs. 25,27).
4.2. Objeção Bíblica: A Bíblia mesma dá resposta às suas indagações. À pergunta: - João Batista era Elias reencarnado? Ele mesmo responde a esta indagação, dizendo: - "Não sou" (João 1.21). Sobre João Batista, diz Lucas 1.17: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridades do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança, como João Batista e Elias.
4.3. Pontos a considerar: Dentre as muitas razões pelas quais cremos que João Batista não era Elias reencarnado, citamos as seguintes:
Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lucas 9.7,8);
Se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (II Reis 2.11);
Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram se era Elias, ele disse que não era. (João 1.21);
Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mateus 17.13);


5. A INVOCAÇÃO DE MORTOS: Reencarnação e Invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espírita.
5.1. O que a Bíblia diz: Em Deteuronômio 18.9-14 diz:"Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante d'Ele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa". Em relação a essa palavra, no seu livro O Céu e o Inferno, aduz Allan Kardec: "...Moisés devia pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contato com o inimigo".
5.2. Deus condena a Invocação de Mortos: Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec, atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas. A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; - não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva" (Isaías 8.19,20).
5.3. O Estado dos Mortos: O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e do que acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9.5,6; Salmo 88.10-12; Isaías 38.18,19; Jó 7.9,10. Os citados textos mostram, sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.
6. SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR: (Antes de prosseguir, leia a Bíblia no capítulo 28 de I Samuel. Leia todo esse capítulo e em seguida volte à leitura desse estudo). É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita de En-Dor? A assembléia judaica se
6.1. Análise do Caso: Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se:
Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não permitiria que seu fiel servo viesse a tornar parte duma prática que o próprio Deus condenou (Deuteronômio 18.9-14);
Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei;
Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul pertubara seu descanso, se Deus e não Saul, lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vers. 15,16);
Saul mesmo disse que Deus já não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (Deuteronômio 18.9-14);
Se Deus aprovasse tal coisa, não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (I Crônicas 10.13);
f) Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi ele mesmo que supôs que a personagem descrita era Samuel;
Quanto à profecia dada pela médium, ela tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (I Samuel 15.16,18), que vinha perseguindo Saul (I Samuel 16.2; 20.31), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir;
A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira em seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.
7. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS? Leia a história do rico e de Lázaro, contada por Jesus em Lucas 16.19-31. Precisamente os versículos 22 e 23, dizem: "E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio".
7.1. Algumas Conclusões desta Passagem: 
A vida no porvir será uma consequência natural da vida que se viveu aqui na terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto que o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o Inferno de trevas e sofrimento;
Os lugares onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos espíritos;
Se ao homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é, enquanto que o Sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia;
Se um falecido pudesse, de alguma forma, ajudar os seus entes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou um dos mortos à casa dos seus irmãos, a fim de advertí-los do perigo de cair no Inferno; ele mesmo teria feito isto.
8. VOCABULÁRIO ESPIRITISTA: Na relação a seguir, vamos dar o significado de cada palavra, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo. Do grande universo de termos usados pelo espiritismo, destacam-se:
Clarividência ou Clariaudiência: Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre o mundo visível e o invisível.
Criptestesia: Fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento dum fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vivo.
Idioplastia: Alteração do corpo físico em virtude do pensamento.
Levitação: Força psíquica gerada por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde um objeto ou uma pessoa se pode elevar do solo. É muito praticada na parapsicologia.
Médium: Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com espíritos de pessoas mortas.
Mediunidade: Fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente duma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium que recebe o controle e o domínio do seu próprio corpo.
Metagnomia: Resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se produzem e línguas desconhecidas que se decifram. (Nada tem a ver com os dons do Espírito Santo.)
Premonição: Sensação, pressentimento do que vai suceder.
Telecinesia: Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, alterações de balanços sem o toque das mãos.
Telepatia: Comunicação por via sensorial entre duas mentes à distância; transmissão de pensamento.
9. O ESPIRITISMO E SUAS CRENÇAS
9.1. Complexo Doutrinário: O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e complexo. Na verdade se constitui num esquema de negação de toda a doutrina bíblica cristã. Veja o que o espiritismo crê acerca dos seguintes temas da doutrina cristã.
9.1.1. Deus: "Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal" (The Physical Phenomena in Spiritualism Revealed). "Deve-se entender que existem tantos deuses quantas são as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois ou três, mas muitos" (The Banner of Light, 03.02.1866).
9.1.2. Cristo: "Qual o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo é perfeito é Cristo" (Spiritual Telegraph, nº 37). "Não obstante, parece que todo o testemunho recebido dos espíritos avançados mostra apenas que Cristo era um médium e reformador da Judéia, e que agora é um espírito avançado na sexta esfera" (Palavras do Dr. Weisse, citado por Hanson, em Demonology or Spiritualism). "Cristo foi um homem bom, mas não poderia ter sido divino, exceto no sentido, talvez, em que todos somos divinos" (Mensagem por um "espírito", citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretation).
9.1.3. A Expiação: "A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago... A razão dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do Inferno. Que mentira ultrajante!... - Porventura não ferve o sangue de indignação ante tal doutrina? " (Medium and Daybreak).
9.1.4. A Queda: "Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem" (A. Conan Doyle). "Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria" (The True Light).
9.1.5. O Inferno: "Posso dizer que o Inferno é eliminado totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo homem sensato. Essa idéia odiosa, tão blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez não tenha tido sua utilidade numa era brutal, quando os homens eram assustados com chamas, como as feras são espantadas pelos viajantes" (A. Conan Doyle, em Outlines of Spiritualism).
9.1.6. A Igreja: "Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo, passo a passo a tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas... Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como já fazia há mil e oitocentos anos" (Mind and Matter, 08.05.1880). "Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São a antítese um do outro..."(Mind and Matter, junho de 1880).
9.1.7. A Bíblia: "Asseverar que ela (a Bíblia) é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para com o público" (Outlines of Spiritualism). "Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos"(Carlos Imbassahy, O Espiritismo Analisado).
9.2. Refutações Bíblicas dessas Afirmações erradas: A Bíblia Sagrada, a Espada do Espírito Santo, lança a doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que:
9.2.1. Deus:
é um Ser pessoal (João 17.3; Gênesis 6.6; Apocalipse 3.19);
é um Ser único (Deuteronômio 6.4; Isaías 45.5,18; Judas 25).
9.2.2. Jesus Cristo:
foi superior aos homens (Hebreus 7.26);
é apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (Hebreus 7.26,27; Filipenses 2.9-11).
9.2.3. A Expiação:
foi um ato voluntário de Cristo (Tito 2.14);
é alcançada como consequência da fé (Atos 10.43);
é adquirida pelo Sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Efésios 1.7).
9.2.4. A Queda:
sobreveio como conseqüência da desobediência de Adão (Romanos 5.12,15,19);
decorreu da tentação do Diabo (Gênesis 3.1-5; I Timóteo 2.14).
9.2.5. O Inferno:
foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mateus 25.41);
fica embaixo (Provérbios 15.24; Lucas 10.15);
será a habitação final e eterna dos perversos (Mateus 25.41).
9.2.6. A Igreja:
foi fundada por Jesus Cristo (Mateus 16.18);
 jamais será vencida (Mateus 16.18);
é guardada pelo Senhor (Apocalipse 3.10).
9.2.7. A Bíblia:
é a Palavra de Deus (II Samuel 22.31; Salmos 12.6; Jeremias 1.12);
foi escrita sob inspiração divina (II Pedro 2.20,21);c) é absolutamente digna de confiança (Salmos 111.7);
é descrita como pura (Salmos 19.8); espiritual (Romanos 7.14); santa, justa e boa (Romanos 7.12); ilimitada (Salmos 119.96); perfeita (Salmos 19.7; Romanos 12.2); não pesada (I João 5.3) e verdadeira (Salmos 119.142).
(Extraído do livro "Seitas e Heresias" de Raimundo F. de Oliveira)






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