Vírus governamentais: Quando os hackers estão no poder

Há tempos os governos dos países usam técnicas de espionagem, isso não é novidade para ninguém. No entanto, era desconhecido a técnica de espionagem digital que o Estado têm usado cada vez mais nos últimos anos.
Espionagem digital
Quando falamos em espionagem digital, logo vem a nossa cabeça algo relacionado à crackers e hackers, os bandidos da era digital (vale ressaltar que existem os crackers do bem). No entanto, expressões como vírus governamentais e hackers do Estado vieram a tona com a descoberta de vírus como o Flame e Stuxnet.
FlameSendo utilizado desde meados de 2010, o objetivo do vírus Flame é espionar usuários ligados à computadores, sobretudo em países localizados no Oriente Médio. Não se sabe de qual país é a autoria do vírus. Uma curiosidade é que o malware foi desenvolvido com uma linguagem de programação open source brasileira, denominada “Lua”.
StuxnetO maior foco desse vírus é a espionagem industrial. O Stuxnet foi usado pela primeira vez contra uma usina nuclear iraniana em 2010, e a autoria do malware provavelmente é dos EUA ou de Israel. O vírus tem o poder de corromper sistemas completos de grandes fábricas, as paralisando, podendo danificar seus equipamentos e até causar acidentes em seu interior. O Stuxnet ainda é capaz de roubar dados dessas indústrias e se auto-destruir após 36 dias, quando já coletou dados suficientes.

Câmera móvel inteligente

Dessa vez, foi a vez de especialistas do Centro de Guerra Naval dos EUA e da Universidade de Indiana anunciar o desenvolvimento de um vírus capaz de controlar câmeras de smartphones e outros dispositivos portáteis.
Grande parte dos malwares tem como objetivo roubar informações como senhas de banco e números de cartões de crédito. Mas o novo malware denominado PlaceRaider tem somente a função de localizar o usuário do aparelho onde quer que ele esteja e ver tudo o que há seu redor.
PlaceRaider
O funcionamento do PlaceRaider é bem interessante. Através da câmera do aparelho, o malware registra imagens ao redor da pessoa e traça um mapa tridimensional do local, enviando para alguém essas informações.
Claro que tirar fotos seguidamente faria o usuário do aparelho desconfiar que há errado. Pensando nisso, os criadores do malware utilizaram o giroscópio e o acelerômetro dos aparelhos fazendo com que o PlaceRaider somente tire fotos quando elas são úteis para o observador. Por exemplo, jamais o malware irá tirar uma foto quando o aparelho estiver no bolso do usuário, o vírus ainda remove os sons da câmera e cobre  a imagem de visualização.
Uma das utilidades do PlaceRaider é espionar a vida pessoal de cada usuário, ou encontrar informações ou ainda objetos de valor.  O malware pode ser adquirido através do download de aplicativos nesses aparelhos. [Cornell University]


FONTE GOOGLE