BATISMO NAS ÁGUAS OU POR ASPERSÃO?




1. Introdução

Assim como é a santa ceia, é também o batismo uma ordenança do Senhor Jesus para a Sua Igreja. 

O assunto batismo, muitos o considera polêmico, tendo em vista os mais diferentes pontos de vista e ideias esposadas a respeito, mas à luz da Bíblia Sagrada, e principalmente do Novo Testamento, indubitavelmente a forma de batismo indicada está bem esclarecida nas laudas sagradas.

2. O batismo de João Batista. Alguns supõem que João Batista fazia parte do grupo dos essênios. Sabe-se que os essênios consideravam apóstata o resto do judaísmo. João Batista apareceu em cena como o novo Elias, para chamar um remanescente fiel. Ele os chamava para o arrependimento e à renovação espiritual. Pregava que em breve viria o Reino de Deus e a necessidade dos homens se prepararem para o mesmo - Mt 3:1-11:

"E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo:Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. E este João tinha a sua veste de pêlos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre. Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; {ou calçado} ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo".

João Batista, também surgiu em cena como o precursor do Messias, ele tinha a consciência de que teria de haver um novo movimento religioso através do Messias que havia de vir, e que o arrependimento era atitude necessária, e era simbolizado pelo batismo em água.

Não há de que duvidar, que João Batista imitava o batismo judaico de prosélitos, que requeria a imersão em água, representando a purificação da anterior vida pecaminosa. Enquanto a pessoa se imergia na água, trechos da lei eram lidos, dando a entender que ele tencionava fazer da lei o guia da nova vida na qual a pessoa estava entrando.

O batismo de João, estritamente falando, não era cristão. O batismo cristão simboliza principalmente a nossa união com Cristo, em sua morte e ressurreição, conforme Romanos 6:3-4:
" Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".

Os motivos pelos quais João batizava, nada tinha a ver com as razões dos judeus, porque ele estava iniciando um novo movimento religioso, que eventualmente proveu o núcleo para a emergente Igreja Cristã. João tratava os judeus como pagãos, requerendo um batismo condicionado à conversão, a um novo caminho. João impunha esse tipo de batismo para reforçar sua mensagem de que a verdadeira espiritualidade não depende do legalismo e nem da identificação com alguma nacionalidade. João censurava os farizeus por dependerem de suas nacionalidades, como garantia de salvação. Mateus 3:8-9:

"E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão".

Por igual modo, o batismo cristão, sem importar o grupo cristão que o esteja administrando, se for considerado como institucional, não se revestirá de qualquer valor, pois esse valor depende da espiritualidade autêntica. Contudo, o movimente de João Batista não era apenas o rompimento com o antigo sistema. Também era um palco onde teria início um novo sistema, fundamentado sobre o Senhor Jesus Cristo. Sem dúvida, João tinha consciência de que algo especial precisava ser preparado para isso. João predisse o aparecimento de alguém que viria após ele mesmo, que batizaria no fogo, e não na água; e assim antecipou um notável avanço no plano de Deus. Mateus 3:11:

" E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; {ou calçado} ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.E João 1:26-27:

" João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água, mas, no meio de vós, está um a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandália".
Podemos estar certos de que a maioria dos discípulos de João não foi rebatizada quando começaram a seguir a Cristo. Mas aqueles que não tinham tomado conhecimento da vinda do Messias, e sua obra, foram rebatizados com uma instrução no verdadeiro discipulado cristão, conforme se vê em Atos 19:1-7:
" E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. Estes eram, ao todo, uns doze varões". 



3. O batismo nas águas é mandamento, no Novo Testamento aprendemos que o batismo nas águas é mandamento, não só para os que aceitam o Senhor Jesus como Salvador, mas também para os pregadores, para os que ensinam, conforme diz em Mateus 28:19-20:"

"Portanto, ide, ensinai {ou fazei discípulos} todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém"!

O batismo é portanto a primeira ordenança do Senhor Jesus para Sua Igreja conforme consta no evangelho segundo Marcos 16:15-16 diz:

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado".
Está bem claro que o batismo nas águas não é para o crente algo facultativo, mas um mandamento do Senhor. Contudo, não é um mandamento inexorável, pois, se de fato amarmos a Jesus, com grande alegria entraremos nas águas do batismo, demonstrando pública e claramente a nossa fé nEle e bem como o nosso desejo de servi-lo para sempre.
Assim seguiremos a Jesus, que cumpriu toda a justiça, quando foi batizado no Jordão. Mateus 3:15:



"Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu".

Como o batismo de Jesus no Jordão serviu para identificar Cristo com a humanidade, assim o batismo do crente o identifica com Cristo, por ser um ato pelo qual o crente exterioriza, em testemunho público, a obra que o Filho de Deus já efetuou no seu coração. Esta identificação divide-se em três partes:

a) Na Sua morte: Pelo ato de descermos às águas do batismo, declaramos publicamente que Cristo morreu em nosso lugar e que nós merecíamos justamente o que Ele sofreu. Condenados estão, portanto, à morte a velha natureza, o velho "ego" e tudo quanto lhe pertence. Reconhecemos que somos "mortos com Cristo" como lemos em Romanos 6:3:

"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? Os que fomos batizados em Cristo, fomos batizados na Sua morte".
Ainda em Romanos 6:6 lemos:


"sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado".


Naturalmente, isso indica que já antes confessamos os nossos pecados a Jesus, pedindo-lhe perdão, tendo nos arrependido e crido com todo o coração, sem o que de nada valeria o batismo.

b) No Seu sepultamento: Como o crente se identifica com a morte de Jesus ao ser descido às águas, assim ele se une ao sepultamento de Cristo ao ser momentaneamente sepultado nas águas. Paulo afirma em Romanos 6:4:

"De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".
Assim como uma pessoa que morre fisicamente, precisa ser urgentemente sepultada, assim convém também sepultar o velho homem. Mas o ato do sepultamento não pode ser efetuado somente com um pouquinho de terra, para que não aconteça dentro de poucas horas estar exalando mau cheiro.


c) Na Sua ressurreição: O ato de sair das águas batismais é o magnífico símbolo que o Senhor Jesus escolheu para nos identificar com a Sua gloriosa ressurreição, como um memorial perpétuo daquela manhã esplêndida quando as barras da morte não mais puderam prender o Senhor Jesus. O crente exclama:

"Morri para o mundo, mas de Jesus recebi uma nova vida, a vida da ressurreição, a vida eterna. Agora não mais sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim".

Oh! Que glorioso testemunho!

Fomos pois sepultados (imersos - mergulhados) com Ele na morte pelo batismo, para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida. Se tivermos sidos unidos a Ele na semelhança da Sua morte, com certeza o seremos também na Sua ressurreição.
Se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele, sabendo que havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais. Aleluia!

A morte não terá domínio sobre Ele. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor, veja o que diz Romanos 6:4-11.

Cada crente batizado nas águas deve conhecer mais e mais o poder da ressurreição e viver em tão estreita comunhão com o Cristo ressurreto.

"Tendo sido sepultado (imergido nas águas batismais) juntamente com Ele no batismo, no qual fostes também ressuscitados (como que pode imergir uma pessoa em um ou dez litros de água?) por meio da vossa fé na operação de Deus que o ressuscitou dentre os mortos."

Agora sobre o contexto. Mudando a figura um pouco: A Escritura também faz do batismo um símbolo da "R E G E R E R A Ç Ã O" ou do "N O V O N A S C I M E N T O" inteligível nas Sagradas Escrituras: Que se compara à lavagem do corpo pelo banho. O Sangue de Jesus, pelo Espírito Santo, nos lavou de todas as nossas imundícies, assim lemos em Tito 3:5:

"não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo." "Nos salvou pelo lavatório (grego - "loutron" - literalmente, banho ou batismo) da regeneração e renovação do Espírito Santo"
Comparemos também Efésios 5:26:
"para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra". (lavagem -"loutron" - grego). Como sinal dessa lavagem, Paulo recebeu o mandamento de Ananias na cidade de Damasco:



"E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor". (Atos 22:16).

Consideremos ainda o que diz Paulo na Carta aos Gálatas 3:27:

"porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo".

Como a gente se reveste duma vestimenta, assim, pelo batismo (após uma conversão genuína) o crente se reveste de Cristo, de todo o Seu caráter, Sua vontade, Sua obra, Sua morte, Seu sepultamento e de Sua ressurreição. Aleluia! Portanto, o batismo que salva é o espiritual e não o literal. Vejamos em 1Co 10:1-10:

"Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar e todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto. E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor."O povo de Israel esteve sob a nuvem protetora, atravessou o mar em seco e comeu de um alimento sobrenatural, também bebeu de uma rocha sobrenatural, a qual Paulo diz representar Cristo. Desse modo, os israelitas participaram do pacto mosaico, tornando-se o povo que Deus livrara da servidão ao qual concedera a vida".

Nós também participamos de todas as provisões que há em Cristo Jesus, e o batismo nas águas simboliza a passagem pelo mar, a fim de escaparmos da escravidão ao pecado e assim chegarmos a desfrutar da nova vida, convertido e liberto. todavia, o batismo nas águas não realiza realmente, tal coisa, como a passagem pelo mar não espiritualizou o povo de Israel.
O batismo nas águas proclama que houve arrependimento e perdão de pecados (ver Mt 3:6; Mc 1:4). 

O batismo nas águas simboliza o poder purificador da Palavra de Deus, e, por consequência, da regeneração (ver Tt 3:5).
O batismo nas águas é o símbolo das operações do Espírito Santo (ver Jo 3:5).
Contudo, o batismo nas águas não garante que todos que são batizados são possuidores das realidades por ele simbolizadas (ver 1Co 10:1-10), onde se lê sobre a ilustração baseada em Israel, pois esse povo atravessou o mar, mas, depois caiu em idolatria.
Ver também (At 8:21-23; Jo 13:10-11 e 15:1-6).

4. Sobre o batismo por aspersão: Uma vez que se admita que o modo original de batismo recomendado para a igreja cristã foi a imersão conforme é deixado bem claro por Paulo em Romanos 6:3-4, com seu sentido de sepultamento-ressurreição.
Tentar mostrar conforme faz Unger em seu dicionário bíblico que:

a) mergulhar não é um sentido primário de baptizo, mas um sentido derivado;

b) que há outros simbolismos para o batismo, que não subentendem imersão, como a morte e a crucificação (ver Rm 6:3), o revestir-se de Cristo (ver Col 3:27) e a circuncisão (ver Col 2:11-14), conforme diz a Zondervan Pictorial Enciclopedya Of the Bible, é por demais ridículo para levar a sério.

Em primeiro lugar a observação de Unger é completamente infundada. Em segundo lugar, é óbvio que o batismo envolve muito simbolismo, a maioria dos quais nada diz sobre o modo se é por aspersão, imersão ou derramamento, porem, o próprio simbolismo que diz respeito ao modo é aquele que projeta a idéia de imersão.
Os escritos patrísticos divergem em muitos sentidos sobre o batismo, mas não são estes que vão resolver a nossa fé e prática ainda que sejam, às vezes interessantes. Para nós, a palavra do Novo Testamento deve ser a única regra para dirimir qualquer questão sobre este assunto.
O historiador Andrew Miller "Fé só se firma na palavra de Deus.

Não seguimos os pais da igreja, mas à Cristo" (The First 1000 Years of Church History).

Um exemplo: O primeiro dos pais da igreja que mencionou o batismo infantil foi Irineu, que morreu cerca do ano 200 d.C. Seus escritos pertencem ao segundo século. Mas ele não era firme nos seus ensinos apostólicos, pois iguala em igual valor o batismo à regeneração, dizendo:
"Cristo veio para salvar todas as pessoas, isto é, aquelas que por Ele são regeneradas - batizadas".
Faz deste modo, o batismo não só um ato de fé e obediência ao mandamento de Jesus, mas também uma graça e ação regeneradora. Torna o ato exterior um meio transformador. Irineu é, neste sentido, acompanhado por muitos Pais da Igreja que, pretendendo basear-se em João 3:5 interpretam que a água ali significa o batismo em lugar de simbolizar a palavra (João 15:3; 17:17; Ef 5:16).
Os teólogos católicos-romanos, luteranos e anglicanos, tem seguido o mesmo caminho. Essa infeliz interpretação tem iludido a muitos, levando-os a confiar numa salvação que receberia consciente ou inconscientemente pela graça divina do batismo. Embora na idade média essa prática do batismo por aspersão ter sido difundida por alguns teólogos, jamais encontraremos qualquer amparo à esta ideia no Novo Testamento.

5. Sobre o termo batismo: O termo grego bapto, "mergulhar", deu origem à sua forma intensiva, baptizo, usada no Novo Testamento, onde alude ao ato de "mergulhar", "afundar", "imergir". Pode exprimir a ideia de lavar, como se vê em Mc 7:4:

"e, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal, e as camas".
Qualquer pessoa interessada e que se dê ao trabalho de examinar cuidadosamente este assunto nas Escrituras Sagradas, descobrirá que esta palavra denota imersão, ou, pelo menos, o uso de grandes quantidades de água, do que obtemos outros sentidos como "avassalar", "ensopar", etc. Tentar furtar a palavra baptizo de seu sentido básico, "imergir", é ridículo, é uma violência à língua e a história do termo. A maioria dos eruditos admite isso, mesmo quando não são membros de denominações evangélicas que imergem.
Mas então, alguns encontram outras justificativas para não imergirem usando de argumentos como: 




a) O modo do batismo não é importante;

b) A Igreja primitiva praticava vários modos de batismos;

c) As condições de clima exercem influência sobre o modo de batizar;

d) Havia antecedente judaico para a aspersão, como as cerimônias em que o sangue era aspergido.

Mas, contra tais argumentos podemos observar que todo batismo judaico dava-se por imersão. Somente a imersão total pode simbolizar devidamente a purificação de uma pessoa de sua antiga vida, por estar em foco uma lavagem. Ninguém pode lavar uma pessoa salpicando-lhe algumas gotas sobre a cabeça. João batizava onde havia "muita água" (Jo 3:23).
Podemos estar certo de que ele usava o modo judaico padrão de imersão. Não fazia somente suas cabeças ficarem molhadas.
Os pecadores precisam ser lavados de seus pecados, e o batismo por imersão é o modo que representa corretamente esta lavagem, segundo preceitua a santa Palavra de Deus.

6. Conclusão: Segundo as recomendações bíblicas para o batismo, o mesmo deve ser sempre por imersão mediante arrependimento. Outras formas de batismo tais como: batismo por aspersão, batismo de recém-nascidos, batismo como sacramento, e outros, estão todos explicitamente refutados pelas Sagradas Escrituras.

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