SERMÃO COERENTE





SERMÃO COERENTE
Texto e Contextos
“Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”. 
(2 Timóteo 4:1-2).
“Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes”.
 (Tessalonisenses 2:13).

“Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram”.
(Hebreus 4:2).
“Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós”.
(1Tessalonisenses 1:5).O obreiro do Senhor por mais simples que seja deve ter sempre uma palavra apropriada para momentos específicos. Esses momentos específicos às vezes aparecem de forma inesperada, e entre outros posso destacar os seguintes:
- Evangelístico: que tem por objetivo a evangelização, deve ser sempre elaborado para este fim, ministrado de forma a conquistar os pecadores para a Reino de Deus.
- Doutrinário: o objetivo deste é o de instruir o crente, no sentido de fazê-lo entender as verdades bíblicas, despertando nele o interesse de aplicar essas verdades em sua vida.
- Exortativo: é aquele que em tudo motiva o crente a se despertar, animar, e se houver cometido pecado, que se arrependa e se levante para continuar firme na presença do Senhor. O sermão exortativo nunca deve ser exposto de forma a constranger o crente, mas alegrá-lo de forma que ele mesmo entenda sua falta perante Deus e assim reabilite sua fé.
- Biográficos: são aqueles no qual o pregador fará menção de pessoas – quer sejam líderes na Igreja ou mesmo personagens bíblicos.
- Expositivos: são aqueles que de forma exegética, observando a semântica, a hermenêutica, a homilética, expõem um versículo, ou um capítulo ou até mesmo um livro da Bíblia
- Ocasionais: estes são os que mais pegam o obreiro de surpresa – por exemplo:
- Acadêmicos: são sermões recomendados para formaturas, colação de grau e outros atinentes.
- Congressionais: estes são destinado a congressos, convenções, encontros regionais, nacionais, ou até mesmo internacionais.
- Magistral: são apropriados para Escolas Bíblicas, Faculdades Teologias, conferências didáticas, foros para esclarecimentos sobre assuntos relevantes e de interesse da Igreja junto ao poder público – Constituição federal – Código Civil, Penal e outros. Essa forma de aplicação da palavra é chamado de Preleção, e deve ser ministrada por pessoas com formação acadêmica secular e teológica, de preferência que tenha formação em direito.
- Casamentos: são oportunidades para que o obreiro fale da família como instituição divina e de sua proteção da parte de Deus e do Estado.
- Fúnebres: nem sempre o falecido é crente; daí a necessidade de um cuidado especial a fim de que não cause constrangimentos à família. Todavia este é um momento propício para se falar de Jesus, da salvação por ele trazida a este mundo e da vida futura na eternidade.
- Consagratórios: são usados nas consagrações de obreiros em geral, tais como: auxiliares de trabalhos, diáconos, presbíteros, evangelistas e pastores. E para as Igrejas que adotam mulheres no trabalho da Igreja, como diaconisas e missionárias.
- Dedicação: nas inaugurações de Templos - lançamento de Pedra Fundamental e outros afins.
- Outros: comemoração de quinze anos de moças, noivados, apresentação de crianças; bodas de prata, ouro e outras; culto de ação de graças.
Em quaisquer das situações acima o ministrante deve ter acima de tudo, sua palavra temperada com o sal, conforme recomenda o apóstolo Paulo em sua carta aos Colossenses 4:6: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”.



ALGUMAS OCORRÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE O SAL:- Esdras 6:9 E o que for necessário, como bezerros, e carneiros, e cordeiros, para holocausto ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite, segundo o rito dos sacerdotes que estão em Jerusalém, dê-se-lhes de dia em dia, para que não haja falta;
- Esdras 7:22 Até cem talentos de prata, e até cem coros de trigo, e até cem batos de vinho, e até cem batos de azeite, e sal sem conta.
- Ezequiel 43:24 E os oferecerás perante a face do SENHOR; e os sacerdotes deitarão sal sobre eles e os oferecerão em holocausto ao SENHOR.
- Mateus 5:13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
- Marcos 9:49 Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
Marcos 9:50 Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros.
A alusão que faço ao sal é propositalmente para demonstrar sua importância à vida espiritual e física do ser humano. Nada mais do que vinte e seis vezes aparece o sal na RC – SBB/1995 – Poucas vezes, porque sua eficácia é grande e dentre essas apresentei aqui apenas seis.
Este é elemento equilibra, dá sabor, evita apodrecer e provoca sede e está sempre presente nos sacrifícios que se presta a Deus, tanto na Velha como na Nova Aliança. Na Velha Aliança ele estava presente em um recipiente apropriado, enquanto que na Nova ele está literalmente em nosso corpo físico, que é o templo de Deus na terra.
Quando o orador tem sua palavra temperada com sal, seu auditório sempre está disposto a ouvir mais, porque ele provoca a sede de ouvir (Amós 8:11).
Há um provérbio que diz que é bom que o orador quando for falar para um auditório, que ele se apóie sobre somente um de seus pés, a fim de que ele se canse antes dos seus ouvintes se cansarem.
Todavia se o orador tiver sal em suas palavras, jamais ele enfadará seus alguém.

PREPARO
Antes que o obreiro exponha para o público seu sermão ele deve falar primeiramente com Deus, pedindo para que suas palavras sejam temperadas, e para que Deus assuma o primeiro lugar em sua vida, dispensando a ele a unção do seu Santo Espírito. Partindo deste ponto ele deve então fazer um primoroso estudo, usando materiais próprios, como a Bíblia, é sempre bom que o obreiro tenha à sua disposição as versões Revista e Corrigida – SBB/1995; uma Revista e Atualizada – SBB; um Dicionário Bíblico; uma Pequena Enciclopédia de Orlando S. Boyer e se possível outros livros do gênero que são encontrados na CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus.Quebrar a monotonia é de suma importância durante a exposição do sermão. Isto pode ser feito através de ilustrações, todavia, sempre com casos verídicos e vivenciados no dia a dia. As ilustrações, além de quebrar a monotonia ainda ajuda na compreensão da parte dos ouvintes.
INTRODUÇÃO

Nesta parte o pregador deve cumprimentar o auditório e em seguida fazer uma exposição clara, objetiva, inteligível e sucinta do tema da mensagem, apresentado o texto bíblico introdutório, bem como os contextos. Neste ponto sob a inteira dependência do Espírito Santo o pregador, com graça, deve prender a atenção do auditório, evitando estardalhaços e bulhas na tentativa de levar ao auditório ao delírio, sem a livre expressão do Espírito Santo de Deus.
ARGUMENTAÇÃO


Este é o segundo ponto do sermão, todavia agora é que será levado a efeito a mensagem. Nessa divisão é que está o corpo do sermão, que pode ser dividido em tópicos e subtópicos. No momento da exposição do sermão a homilia em nenhuma hipótese poderá ser desprezada, e a eixegese (antônimo de exegese) em nada pode fazer parte do sermão – esta é uma prática abominável e muito usada por pregadores modernos que fazem o bolo maior do que a boca doforno. Esses estão inseridos exatamente em Apocalipse 22:18-19, onde diz o seguinte:


- PORQUE EU TESTIFICO A TODO AQUELE QUE OUVIR AS PALAVRAS DA PROFECIA DESTE LIVRO QUE, SE ALGUÉM LHES ACRESCENTAR ALGUMA COISA, DEUS FARÁ VIR SOBRE ELE AS PRAGAS QUE ESTÃO ESCRITAS NESTE LIVRO; E, SE ALGUÉM TIRAR QUAISQUER PALAVRAS DO LIVRO DESTA PROFECIA, DEUS TIRARÁ A SUA PARTE DA ÁRVORE DA VIDA E DA CIDADE SANTA, QUE ESTÃO ESCRITAS NESTE LIVRO.Normalmente os eixegetas são pregadores internacionais, congressistas, e muitos deles são até tidos como artistas no meio evangélico (e são, porque na verdade, da mensagem ortodoxa, pura e santa, estão indubitavelmente divorciados).O sermão deve ser exposto com humildade, para levar o auditório ao quebrantamento, ao arrependimento e ao reconhecimento de que ele é um pecador, e aquele que prega é realmente um pregador, e que sua pregação fala daquele que é o Salvador – todavia esse reconhecimento só acontece quando o Espírito Santo, o Consolador está sobre o controle da mensagem que está sendo pregada.
CONCLUSÃO
Esta é a parte final do sermão, não devendo ser prolongada e nem recheiadas de anúncios, propagandas de materiais, mesmo que esses sejam evangélicos.
Neste momento, de forma sintética os tópicos relevantes podem ser mencionados – no caso da Igreja, levar os ouvintes a se entregarem a Jesus, ou voltarem à fé que uma vez foi dada aos santos.
APÊNDICEÉ de suma importância que o pregador observe o tom da sua voz, se esse não está acima o abaixo do limite necessário ao ambiente. Estando abaixo ele perderá tempo em pregar, porque o auditório não vai entender nada. Isso vai depender muito da aparelhagem de som do ambiente. Se o som estiver acima do limite, vai ser outro desperdício, visto que, estamos vivendo o tempo de uma geração “surda” ou “alucinada” porque não há som que lhes satisfaça se esse não estiver arrebentando os tímpanos dos ouvintes – nesse caso o pregador deve observar se o som está compatível com o ambiente, e se está compreensível, se não está prejudicando as criancinhas, os idosos, as pessoas hipertensas, e até mesmo aquelas que já fizeram AVC, foram infartadas ou estão vulneráveis a esses males.

O pregador nunca deve encostar a boca no microfone e nem segurá-lo pela grade (bola) para que seu som não sair rachado piorando ainda mais aquilo que às vezes já não estava tão bom. Nunca bata e nem assopre no microfone, apenas fale
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